Galactosemia e intolerância a lactose:
É também um erro inato do metabolismo e se caracteriza pela falta das enzimas da via de leloir:
Galactosemia Tipo 1 ou deficiência da GALT
Este é o tipo mais comum de galactosemia cuja deficiência está na enzima galactose-1-fosfato uridil transferase. Esta disfunção leva ao acúmulo de galactose 1-fosfato impedindo a formação de glicose-1-fosfato que entraria na glicogenólise (degradação do glicogênio).
Galactosemia Tipo 2 ou deficiência da GALK
Consiste no defeito na galactoquinase, quando ocorre esta deficiência enzimática a galactose se acumula, podendo tomar vias alternativas. Ela pode ser convertida a galactitol que é um polialcool de toxidade elevada, ou galactonato que também é um produto tóxico.
Galactosemia Tipo 3 ou deficiência da GALE:
Consiste na deficiência na uridil difosfogalactose-4-epimerase. A doença pode aparecer em duas formas diferentes: uma fase inicial assintomática e uma fase severa.
-existem 3 vias assessorias para a produção de galactose endógena.
-Galactosemia Duarte: geralmente assintomática porque consiste na pouca produção de GALT.
Sintomas:
-Nas células do epitélio do cristalino (no olho), o acúmulo do galactitol causa um aumento da osmoralidade, o que resulta na retenção de água, além da diminuição da solubilidade das proteínas da lente. Ocasionando, assim, na formação da catarata.
-O acúmulo anormal de galactose-1-fosfato causa uma ação sobre a célula hepática, levando à cirrose. A ocorrência de icterícia, hemólise, nos primeiros dias também é verificado e ocorre devido ao excesso de bilirrubina não conjugada no sangue.
-anorexia, perda de peso, distensão abdominal, hemorragia, falência ovariana, letargia, (devido ao acúmulo de gactitol) e atraso de desenvolvimento psicomotor (retardo mental).
Diagnóstico:
Teste do pezinho: o caso da galactosemia, através do sangue colhido, pode ser feito um estudo o qual demonstra a ausência ou deficiência da uridil-tranferases ou níveis elevados de galactose-1-fosfato nas hemácias.
Amniocentese: No caso da galactosemia, é feito um estudo para conferir os níveis de galactitol no líquido amniótico ou são feitos estudos enzimáticos para medir os níveis da galactose-1-fosfato uridil transferase.
Tratamento:
-O tratamento, nos tipo 1 e 2, consiste na remoção de galactose da dieta, o que reverte os sintomas clínicos iniciais. No recém-nascido, o aleitamento materno é absolutamente contra-indicado, sendo a fórmula de soja o ideal para providenciar cálcio.
-tipo 3 precisa de um pouco galactose já que a produção endógena esta deficitária, mas sempre medindo os níveis de galactose.
Intolerância a lactose:
-A intolerância a lactose se deve a deficiência na Lactase, enzima que catalisa a reação de hidrólise da lactose(o açúcar do leite), que é um dissacarídeo formado por glicose e galactose.
-O acúmulo de lactose no intestino leva a sua fermentação pelas bactérias da flora intestinal provocando a sua proliferação e consequentemente no individuo diarréia,vomito, náuseas, acidez fecal e ardência anal
Muito interessante e de grande importância este artigo. E realmente um estudo que merece ser publicado para conhecimento geral. De minha parte, muito obrigado.
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